quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Blues do Desespero

Nada como um dia atrás do outro
Um tombo atrás do outro
Uma queda maior que a outra

Nada como remar, remar e remar
e morrer na praia

Nada como sentir o golpe frio e seco
da derrota
da promessa
do descontentamento

Nada como sentir o cheiro podre
da lona e ouvir as risadas cada
vez mais altas das hienas
ao seu lado

Nada como um bom e velho
Blues do Desespero

Por Fernando Borghi (Blues Writer)
Foto: B.L.U.E.S.

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